A Professora Pedagoga Mônica Maria Rodrigues, da Coordenação de Educação Infantil e Séries Iniciais do NRE, esteve participando, entre 15 e 17 deste mês, em Curitiba, da 4ª Formação da UFPR do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. O Pacto é um compromisso assumido pelo governo federal, estados e municípios de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental.

Durante o evento, foram discutidos aspectos sobre como conduzir o trabalho pedagógico para que todas as crianças possam ser alfabetizadas. As orientadoras de estudo deverão repassar os encaminhamentos para os professores alfabetizadores da rede estadual. No Paraná, mais de 3.250 alunos são contemplados com o programa em 40 escolas estaduais. São 150 professores alfabetizadores que atuam nos seis polos: Pato Branco, Ivaiporã, Toledo, Londrina, Cornélio Procópio e Laranjeiras do Sul. Os professores alfabetizadores participam de um curso presencial com duração de 120 horas por ano, para formação continuada e melhoria da qualidade de aprendizagem da leitura/escrita e matemática nos anos iniciais do ensino fundamental.

Esta formação está organizada em 10 encontros são conduzidos pelas orientadoras de estudo. “A formação do PNAIC é essencial para assegurar a alfabetização na idade certa. Com a oferta contínua nos municípios, os resultados se tornam efetivos”, comentou a supervisora da UFPR do programa Claudineia Maria Vischi Avanzini. Segundo ela, o programa não traz um método novo, mas o repensar as práticas pedagógicas de alfabetização.



Para as orientadoras da rede estadual Maria de Fátima Aires Bulegon e Mônica Maria Rodrigues, o PNAIC supre uma necessidade de formação continuada. “Os professores aprovaram o Programa. Com as capacitações dirigidas para os anos iniciais do ensino fundamental, eles se sentem mais valorizados. É uma oportunidade de aprimorar o trabalho de alfabetização. Os alunos também estão mais motivados, pois veem na escola uma funcionalidade ao serem atendidas suas necessidades”, comentou Mônica, que apontou o programa como enriquecedor das práticas pedagógicas.

O PNAIC além de possibilitar a formação continuada aos professores alfabetizadores, também o programa disponibiliza Materiais Didáticos e Pedagógicos, composto por: livros didáticos (entregues pelo PNLD) e respectivos manuais do professor, obras pedagógicas complementares aos livros didáticos e acervos de dicionários de língua portuguesa, jogos pedagógicos de apoio à alfabetização. Materiais esses que são suporte pedagógico para o professor direcionar a ação pedagógica.

O objetivo é estimular o processo de alfabetização, além ser um incentivo à leitura. “Todos os materiais lúdicos disponibilizados possuem encaminhamento metodológicos para serem utilizados em sala”, comentou a orientadora de estudo Maria de Fátima Aires Bulegon.

Para a coordenadora estadual do PNAIC na Seed, Leila Cirino, é o professor alfabetizador o primeiro a promover a cidadania do indivíduo ao inseri-lo no mundo letrado. Para que essa intervenção seja efetiva, as ações do Pacto apoiam-se em quatro eixos de atuação: formação continuada presencial para os professores alfabetizadores e seus orientadores de estudo; materiais de apoio pedagógico, jogos e tecnologias educacionais; avaliações sistemáticas; gestão, mobilização e controle social.

Leila explica que alfabetizar todas as crianças, sem exceção, até o final do terceiro ano do ensino fundamental é compromisso do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) de 2007, firmado por todos os estados e municípios com o governo federal, e meta do novo Plano Nacional de Educação.

Nesta semana, as seis orientadoras de estudo da rede estadual também estiveram reunidas com a Equipe de Educação Infantil e Anos Iniciais da Seed no Colégio Estadual Barão do Rio Branco, em Curitiba, para organizar os encaminhamentos necessários da formação aos professores alfabetizadores da rede estadual de acordo com as especificidades de cada modalidade de ensino.

Educação Indígena

O Paraná conta com professores indígenas formados que ministram aulas nas comunidades em que nasceram. “Isso é excelente, pois conseguem trabalhar de maneira muito tranquila o letramento nas duas línguas”. “Todas as culturas devem ser valorizadas e respeitadas. Para o povo indígena, é uma necessidade ser alfabetizado não apenas na língua maternas da etnia a qual pertence, mas em língua portuguesa também, para quer possam se integrar com outras comunidades”, afirmou Maria das Graças Teodoro Domingues, uma das orientadoras estaduais de estudo.

Fonte: Secretaria de Estado da Educação do Paraná

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