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23/04/2014

Professores e Estudantes Participam de Semana Cultural Indígena



Professores e alunos tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre os costumes, religiosidade e modo de viver dos índios guaranis, durante a 8º Semana Cultural Indígena. O evento foi realizado em parceria entre a Escola Estadual Indígena Araju Porã, da Aldeia Tekoha Itamarã, e o Colégio Estadual Indígena Kuaa Mbo'e, pertencente à Aldeia Tekoha Añetete, em Diamante do Oeste. A cada ano, a Semana é realizada em uma aldeia. A anfitriã, desta vez, foi a Tekoha Itamarã.

A Semana Cultural Indígena foi criada com objetivo de divulgar a cultura indígena, principalmente a cultura guarani da região, e é um momento importante para socializar os valores da cultura indígena, tais como a religiosidade, dança, musica, artesanato e o dia a dia em uma aldeia. “Os não indígenas podem conhecer de perto a realidade de uma aldeia, o valor da educação para as crianças e o tipo de ensino que a escola indígena oferece”, relata Teodoro Tupã Alves, presidente articulador dos caciques no Oeste do Paraná e professor de Língua Guarani, responsável por acompanhar as políticas públicas das lideranças indígenas da região, que abrange Diamante do Oeste, Guaíra, Terra Roxa, São Miguel do Iguaçu.



Os visitantes, em torno de 2000 pessoas, tiveram a oportunidade de conhecer um pouco sobre a escola indígena e sobre os costumes dos guaranis, a partir de uma exposição etnofotográfica sobre a comunidade, fotos do dia a dia da aldeia e da escola, além de exposição de trabalhos desenvolvidos pelas crianças. Também não faltaram momentos de vivência e integração cultural, através de pintura corporal, apresentações culturais e da vivência na casa de reza, onde cerca de oito rezadores (Xamoes), que são as lideranças religiosas das comunidades, apresentavam aos visitantes um pouco sobre a religiosidade e sobre o modo de ser guarani.

A escola indígena é bilíngue e intercultural, o que possibilita que as crianças que não são indígenas possam conhecer e tirar as suas próprias conclusões sobre as comunidades indígenas, explica o diretor da escola, professor Mauro Dietrich. Segundo ele, esse contato com a cultura indígena também ajuda a desconstruir alguns preconceitos e visões errôneas que a sociedade ainda possui sobre os povos indígenas, além de apresentar a força da cultura guarani, mantida através da literatura oral e da religiosidade. “Muitos povos, depois de 50, 60 anos de contato com o não índio, já perderam sua língua e suas tradições. O povo guarani foi um dos primeiros a ter contato com os exploradores, e é importante destacar a força desse povo, que ainda preserva suas raízes”, pontua.

*

A aluna Fernanda Maria Tischner Duarte, que cursa o 7º ano na EE do Campo São Francisco, em Santa Helena, gostou muito de conhecer a aldeia e identificou algumas diferenças culturais. “A forma de falar, de se vestir e até mesmo a música é bem diferente da nossa cultura. Eu gostei de tudo: dos trabalhos feitos pelos alunos indígenas das duas escolas, das pinturas, imagens, artesanatos e das apresentações culturais. Em sala, nós ouvimos falar da cultura, mas pessoalmente, é muito diferente”, relata a estudante.

A Professora de História Andreia Zaparte, que acompanhou os alunos na visitação, destaca que conhecer uma cultura, na sua essência, faz toda a diferença. “É muito importante para nós (professores) e para eles (alunos) esse contato com os povos. Após isso, podemos fazer a relação entre teoria e prática e ver quão mais profunda é esta cultura, muito além do que é passado nos livros”. Segundo a professora, algumas questões que surgiram durante a viagem ainda fazem referência ao período da chegada dos portugueses ao Brasil. “Agora eles já conseguem fazer essa diferenciação, pois tiveram contato com os indígenas atuais. A visita foi importante para aprofundar o conhecimento”, garante.


No total, mais de 2000 pessoas participaram da 8ª Semana Cultural Indígena. No destaque, professora de História, Andreia Zaparte, juntamente com Estudantes da EE do Campo São Francisco, de Santa Helena.

Veja Fotos da 8ª Semana Cultural Indígena

O cacique e líderes da Aldeia Indígena Tekoá Itamarã também fizeram uma visita, no dia 10, ao Colégio Estadual Frentino Sackser, em Marechal Cândido Rondon, a convite da professora de história Sônia Augusta de Moraes. A visita fez parte da programação da Semana Cultural Indígena e também vem ao encontro da Lei 11.645 de 2008 que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena nos estabelecimentos escolares. “Geralmente o aluno vai para a aldeia, mas o índio não vem para a escola”, apontou ela ao falar da importância de trazer a cultura indígena para o ensino.

O diretor do colégio, Leocir Lang, comentou que somos um povo de diversas culturas e quem mais ganhou com a visita foram os alunos. “É importante o conteúdo em sala, mas a palestra, dança, música e interação são boas formas de absorção e compreensão”, lembrou. Os líderes da aldeia Itamarã também ficaram felizes com o e lembram que essas atividades são fundamentais para a compreensão da cultura indígena.


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