Núcleo Regional de Educação de Toledo
Rua Nossa Senhora do Rocio, 1287 - Centro - CEP.: 85900-180Toledo - PR | Fone/FAx: (45) 3379-7200 Localização
NRE Toledo
17/10/2013
Nucleo Regional e IAP promovem capacitação para professores
Fotos: Jorge Bregolato
A capacitação é uma iniciativa do Núcleo Regional e do IAP de Toledo, a fim de orientar e subsidiar os professores com materiais para o desenvolvimento das atividades de Educação Ambiental.
Cerca de 30 professores participaram na quinta-feira, 10, de uma capacitação na Unidade de Conservação São Camilo, em Palotina. A atividade faz parte do Programa Parque Escola, realizado em parceria entre SEED, SEMA – IAP e tem como objetivo o desenvolvimento da educação ambiental formal com os princípios da sustentabilidade e conservação da biodiversidade.
O Programa promove ações educativas com participação das Escolas Estaduais nas Unidades de conservação do Paraná, com estímulo e orientação para adoção de atitudes práticas e sustentáveis em prol da conservação da natureza. A atividade prevê visitas às Unidades de Conservação de São Camilo - Palotina e Cabeça do Cachorro - São Pedro do Iguaçu, atendendo alunos de 6º e 7° anos das escolas/colégios estaduais.
De acordo com Cristina Janjar, que coordena o Programa na área de abrangência do Núcleo Regional de Educação de Toledo/NRE, esta atividade é de grande relevância para a escola, “uma vez que oportuniza aos alunos a prática ambiental, buscando o contato direto com o meio, despertando a sensibilização ambiental através da experiência vivida nas Unidades de Conservação”.
A capacitação para os professores é uma iniciativa do NRE e Instituto Ambiental do Paraná IAP-Toledo, a fim de orientar e subsidiar os mesmos com materiais para o desenvolvimento das atividades, as quais são organizadas a partir do trabalho realizado em sala de aula com alunos e posterior visita dos mesmos ao parque, com intervenções ambientais nas trilhas.
"Acredito que todos deveriam conhecer a floresta. Há pessoas que estudam anos sobre uma árvore e, estando diante dela, não a reconhecem". Norci Nodari.(último, à direita).
Objetivos
Norci Nodari, gerente do Parque Estadual São Camilo, explica que a visita não é simplesmente um passeio de descontração, mas visa mudar a forma de se olhar a natureza, criando e incentivando a cultura da conservação. Ele explica que, durante o passeio, os visitantes podem conhecer como eram as florestas no passado e que as unidades de conservação são os únicos remanescentes da floresta, que ocorria de forma natural em todo o território paranaense. Atualmente, o Estado possui menos de 2% em florestas naturais, legalmente preservadas em unidades de conservação. “Se faz a visita ao parque para que a pessoa possa entender como era no passado, quais as características da vegetação, da fauna e do clima, e entender, por exemplo, a influência (ou consequência) dessa devastação para a mudança do nosso clima”, explica Nodari.
Norci lembra que, na floresta, os alunos tem a possibilidade de ver árvores, animais, ouvir os sons da natureza, ver pegadas, conectar-se com um ambiente saudável e aprazível e que, esse contato com a natureza em seu estado original, torna possível uma mudança de comportamento. “Uma coisa é estar andando num gramado, estar uma sala de aula, fazer uma pescaria num lago artificial. Algo completamente diferente é estar em uma floresta em seu estado natural, poder sentir o cheiro, ouvir o som da mata, poder perceber a diferença entre uma e outra árvore ou cipó, ver a diferença entre um arbusto e uma árvore frondosa, ver um ninho de pássaro, um enxame de abelha, enfim, a contemplar a biodiversidade, no local onde ela ocorre”.
Cerca de 30 professores estão participando do Programa Parque Escola, que prevê visitas às Unidades de Conservação de São Camilo - Palotina e Cabeça do Cachorro - São Pedro do Iguaçu, ainda esse ano.
O professor Guilherme Felipe Kotz, da Escola Estadual Monteiro Lobato, em Marechal Cândido Rondon, comenta que fazer uma visita a campo amplia o conhecimento que se adquire através dos livros. “Esse encontro de hoje é uma capacitação para trabalhar com nossos alunos, é como preparar uma aula, só que na prática”, afirma.
Maria Regina Rampin, professora do Colégio Costa e Silva, de Terra Roxa, diz que o dia foi muito produtivo. “Conhecemos muita coisa interessante, foi um trabalho muito enriquecedor. Tão logo sair a agenda eu quero voltar com meus alunos”, disse emocionada.
A professora explica que o colégio já está desenvolvendo trabalhos em parceira com o FEA – Programa de Formação de Educadores Ambientais, e o Programa Parque Escola vem enriquecer o que já está sendo discutido em sala de aula. “É muito importante a conscientização. Precisamos mostrar para os estudantes que a preservação é para o bem deles e de todos nós, e que se não cuidarmos das reservas que ainda temos, poderemos não ter mais nenhuma no futuro”.
Na foto: Ilse, Cristina, Norci, Valdivino e Franciso, coordenadores do encontro de capacitação (Da esq. para dir.).