Alunos multiplicadores do Projeto Pratique Cortesia se reuniram ontem, 19, nas dependências do Centro da Juventude (CEJU) do Jardim Coopagro, para participarem de oficinas de motivação e orientação, a fim de trabalharem os temas nas escolas.

Estiveram presentes no evento, o assistente técnico do Núcleo Regional de Educação (NRE), Ildo Bombardelli, as coordenadoras do projeto no NRE, Maria Zancanaro e Ilse Tomm, além de professores que acompanham os alunos no desenvolvimento do projeto nas escolas.

Participaram das oficinas cerca de 40 alunos, representantes dos colégios Dario Vellozo, Galdino de Lima, Vila Ipiranga, João Cândido Ferreira, João Arnaldo Ritt, Novo Horizonte, Premen e Jardim Porto Alegre.


Os alunos foram acolhidos no Centro da Juventude, onde tiveram oportunidade de discutir o tema a violência na escola.

Na abertura do evento, Ildo Bombardelli falou aos presentes sobre a importância de se ter atitudes de respeito e cortesia. “Não custa nada pedir licença, respeitar professores e colegas, zelar pelo patrimônio público. Esse projeto é uma semente. Se cada um praticar um pouco mais de cortesia no seu dia a dia, e disseminar essa ideia, podemos melhorar muito as coisas” disse.

Na oportunidade, Ildo comentou as mobilizações que estão acontecendo nos últimos dias. “A juventude quer mudança, e é importante fazer a nossa parte. As mobilizações estão acontecendo e, no desses jovens, sempre tem alguns que querem vandalizar. Esta é uma grande oportunidade de fazermos a nossa parte, mostrando que não é necessário violência e desrespeito. Podemos fazer valer a nossa voz, mas sempre com organização e, principalmente, com respeito”, salientou.

O encontrou contou também com apresentação de teatro sobre a importância de boas atitudes, com os grupo “Mil e Uma faces”, pertencente à Atividade de Contraturno do CE. Jardim Porto Alegre.


O Grupo "Mil faces" ajudou na reflexão sobre os temas, a partir de peça teatral.

Oficinas
Os alunos foram divididos em grupos, quando tiveram oportunidade de refletir sobre o que entendem por violência, se já sofreram ou praticaram violência na escola, e qual o sentimento tiveram ao sofrer ou praticar a ação. Na seqüência, as respostas foram socializadas no grande grupo quando, auxiliados pelos professores presentes, foi discutido sobre o que fazer nessas situações, qual postura deve ter quem toma conhecimento de casos de violência na escola e o que fazer para evitar situações de conflito.
Maria Zancanaro, coordenadora do Projeto no NRE, explicou que é fundamental que os alunos se expressem, dizendo o que sentem, e que os profissionais da educação que atuam na escola saibam o que está acontecendo. “Percebemos, no debate, que muitas coisas acontecem na escola e não chegam ao conhecimento dos professores, equipe pedagógica ou direção”, comentou.

Segundo Maria Zancanaro, a proposta da oficina com alunos multiplicadores é que esses jovens desenvolvam atividades nas escolas. Cada escola é livre para adotar o método e critério de abordagem que for mais conveniente. Algumas escolas já estão promovendo ações concretas, outras ainda estão em fase de reflexão e organização. “Não há prazo específico para o desenvolvimento do projeto, sendo uma proposta em longo prazo. Algumas escolas estão amadurecendo a ideia, organizando os alunos, fazendo reflexões”, comenta. Esse processo é natural e necessário, pois quem vai trabalhar os temas são os próprios alunos. “Os grupos estão se fortalecendo e, aos poucos, vão apresentando resultados. A ideia é que os alunos sejam os multiplicadores do projeto”, completa

A estudante Giulia Beatriz Schossler Plassmann, do CE João Cândido Ferreira, comenta que todos os representantes de turma e integrantes do Grêmio Estudantil de seu colégio estão participando da organização do projeto, juntamente com professores. No colégio, já foram feitos cartazes e selecionado vídeos para serem trabalhados com os alunos, além de estarem participando do Concurso para escolha do Slogan do Projeto, no NRE. “As pessoas estão esquecendo os princípios de respeito e cortesia. Queremos resgatar isso”, afirma a aluna.

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