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14/05/2013
Equipamento colabora com autonomia de aluno com paralisia cerebral
*Equipamento colabora com autonomia de aluno com paralisia cerebral
Com esta espécie de controle, Jonathan manuseia o cursor na tela para onde ele quer ler.
“Este aparelho irá me ajudar a conquistar a tão sonhada autonomia”, declara o estudante Jonathan Carlos Herkert (19) que testou na tarde de quinta-feira (9) uma ferramenta que facilitará seu acesso ao computador. Portador de paralisia cerebral, Jonathan quer estudar, ler seus textos preferidos e entrar no mundo virtual como qualquer outro jovem. “Quero pesquisar, entrar nas redes sociais, não depender tanto da professora para executar minhas tarefas”, complementa.
Desenvolvido por estudantes e professores do curso técnico em Informática, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (Utfpr), campus Toledo, o equipamento é uma espécie de mouse de computador – como se fosse um controle de vídeo-game – que dá os comandos na tela e amplia o texto permitindo a leitura individual de Jonathan. “Nós adaptamos o ‘joy stick’ [controle] ao conversor de lupa, fechamos o foco e desenvolvemos o programa”, relata o aluno envolvido, Hermano Varussa.
O primeiro teste foi realizado com sucesso em uma sala do departamento de Saúde Mental, na Secretaria Municipal de Saúde e algumas observações serão adaptadas para melhorar o programa. “Ele gostou, ficou animado e nós coletamos algumas dicas com ele e com a terapeuta ocupacional para fazermos as mudanças e customizações”, descreve o professor e coordenador do curso, Fábio Alexandre Spanhol, que anunciou a volta da equipe no Colégio onde Jonathan estuda para fazer as adaptações no local.
Jonathan Carlos Herkert é estudante do 9º ano do ensino fundamental, no CE Jardim Porto Alegre, em Toledo, e se destaca pelo esforço e produção em sala.
Estudos
O computador que chegou no fim do ano passado à classe de Jonathan agora será utilizado com as personalizações feitas para atender suas limitações de visão e movimento. Mesmo assim, ele continuará com a companhia da professora que o auxilia nos conteúdos. Ela afirma que o ritmo poderá ser outro. “Vai ajudá-lo na leitura de mais textos e mais conteúdos”, afirma Marilene Alves de Abreu.
Estudante do 9º ano do ensino fundamental, Jonathan não tem notas menores que 8. Segundo o pai, Carlos Alberto, mesmo ele não gostando de matemática, sua média é 10. “Ele é muito inteligente, está acima da média dos colegas de classe”, completa.
A terapeuta ocupacional, Patrícia Hoffmann, que o acompanha por meio do Departamento de Saúde Mental, relata que o trabalho com ele era muito limitado, principalmente nas questões de materiais. “Antes somente havia livros e a dependência com a professora era maior. Este programa irá ajudá-lo a seguir outro ritmo”.
A expectativa é de que outros pacientes tenham a possibilidade de contar com um sistema como este. “Cada pessoa possui suas necessidades. Assim como os casos variam, as soluções também precisam acompanhar estas especificidades”, declara o professor Fábio.
O projeto foi financiando pela Fundação Araucária e específico para estudantes do Ensino Médio. A área de atuação era voltada para a tecnologia assistida a fim de incluir pessoas com necessidades especiais ao mundo tecnológico.
Jonathan recebe apoio de um profissional contratado pela Secretaria de Estado da Educação, professor PAC (Professor de Apoio à Comunicação Alternativa), Marilene Alves de Abreu, que diz que o equipamento “Vai ajudá-lo na leitura de mais textos e mais conteúdos”.
Um futuro brilhante
Jonathan nasceu pré-maturo, com apenas seis meses de gestação. Ficou na UTI por mais de 45 dias até poder cuidado por sua mãe. Batalhador desde pequeno, o jovem enfrentou cirurgias agressivas e tantas outras dificuldades ao longo dos anos. Agora, comemora a possibilidade de ser independente e seguir com seu projeto de tornar-se um promotor. “Quero trabalhar na promotoria da criança e do adolescente e da saúde”, descreve, afirmando que será colega do promotor de justiça Sandres Sponholz. “Ele dá o exemplo para muitos promotores e é minha inspiração”, completa.
Ele se autodenomina como aluno questionador da sala e sempre faz perguntas aos professores. “Em casa ele também opina caso eu e minha esposa falemos algo que ele não concorde”, testemunha o pai. As leis também são outra paixão deste jovem que já se interessou na possibilidade de cursar direito em Toledo. “Certo dia ele disse a um grupo de jogadores de futebol que ele tirou da vida dele duas expressões: eu não posso e eu não consigo. E colocou outras três: eu quero, eu posso e eu consigo”, relata o orgulhoso pai.
Leia também a reportagem produzida pela Assessoria de Comunicação da UTFPR
http://www.utfpr.edu.br/toledo/estrutura-universitaria/assessorias/ascom/noticias/noticias/curso-tecnico-integrado-em-informatica-2
Desenvolvido por estudantes e professores do curso técnico em Informática, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (Utfpr), campus Toledo, o equipamento é uma espécie de mouse de computador – como se fosse um controle de vídeo-game – que dá os comandos na tela e amplia o texto permitindo a leitura individual de Jonathan. “Nós adaptamos o ‘joy stick’ [controle] ao conversor de lupa, fechamos o foco e desenvolvemos o programa”, relata o aluno envolvido, Hermano Varussa.
O primeiro teste foi realizado com sucesso em uma sala do departamento de Saúde Mental, na Secretaria Municipal de Saúde e algumas observações serão adaptadas para melhorar o programa. “Ele gostou, ficou animado e nós coletamos algumas dicas com ele e com a terapeuta ocupacional para fazermos as mudanças e customizações”, descreve o professor e coordenador do curso, Fábio Alexandre Spanhol, que anunciou a volta da equipe no Colégio onde Jonathan estuda para fazer as adaptações no local.
Jonathan Carlos Herkert é estudante do 9º ano do ensino fundamental, no CE Jardim Porto Alegre, em Toledo, e se destaca pelo esforço e produção em sala.
Estudos
O computador que chegou no fim do ano passado à classe de Jonathan agora será utilizado com as personalizações feitas para atender suas limitações de visão e movimento. Mesmo assim, ele continuará com a companhia da professora que o auxilia nos conteúdos. Ela afirma que o ritmo poderá ser outro. “Vai ajudá-lo na leitura de mais textos e mais conteúdos”, afirma Marilene Alves de Abreu.
Estudante do 9º ano do ensino fundamental, Jonathan não tem notas menores que 8. Segundo o pai, Carlos Alberto, mesmo ele não gostando de matemática, sua média é 10. “Ele é muito inteligente, está acima da média dos colegas de classe”, completa.
A terapeuta ocupacional, Patrícia Hoffmann, que o acompanha por meio do Departamento de Saúde Mental, relata que o trabalho com ele era muito limitado, principalmente nas questões de materiais. “Antes somente havia livros e a dependência com a professora era maior. Este programa irá ajudá-lo a seguir outro ritmo”.
A expectativa é de que outros pacientes tenham a possibilidade de contar com um sistema como este. “Cada pessoa possui suas necessidades. Assim como os casos variam, as soluções também precisam acompanhar estas especificidades”, declara o professor Fábio.
O projeto foi financiando pela Fundação Araucária e específico para estudantes do Ensino Médio. A área de atuação era voltada para a tecnologia assistida a fim de incluir pessoas com necessidades especiais ao mundo tecnológico.
Jonathan recebe apoio de um profissional contratado pela Secretaria de Estado da Educação, professor PAC (Professor de Apoio à Comunicação Alternativa), Marilene Alves de Abreu, que diz que o equipamento “Vai ajudá-lo na leitura de mais textos e mais conteúdos”.
Um futuro brilhante
Jonathan nasceu pré-maturo, com apenas seis meses de gestação. Ficou na UTI por mais de 45 dias até poder cuidado por sua mãe. Batalhador desde pequeno, o jovem enfrentou cirurgias agressivas e tantas outras dificuldades ao longo dos anos. Agora, comemora a possibilidade de ser independente e seguir com seu projeto de tornar-se um promotor. “Quero trabalhar na promotoria da criança e do adolescente e da saúde”, descreve, afirmando que será colega do promotor de justiça Sandres Sponholz. “Ele dá o exemplo para muitos promotores e é minha inspiração”, completa.
Ele se autodenomina como aluno questionador da sala e sempre faz perguntas aos professores. “Em casa ele também opina caso eu e minha esposa falemos algo que ele não concorde”, testemunha o pai. As leis também são outra paixão deste jovem que já se interessou na possibilidade de cursar direito em Toledo. “Certo dia ele disse a um grupo de jogadores de futebol que ele tirou da vida dele duas expressões: eu não posso e eu não consigo. E colocou outras três: eu quero, eu posso e eu consigo”, relata o orgulhoso pai.
*Fonte: Jornal do Oeste
Publicado em: 10/05/2013 - 16:00, Por Fabíola Dalla Vecchia http://www.jornaldooeste.com.br/cidade/equipamento-colabora-com-autonomia-de-aluno-com-paralisia-cerebral-47428/
Publicado em: 10/05/2013 - 16:00, Por Fabíola Dalla Vecchia http://www.jornaldooeste.com.br/cidade/equipamento-colabora-com-autonomia-de-aluno-com-paralisia-cerebral-47428/
Leia também a reportagem produzida pela Assessoria de Comunicação da UTFPR
http://www.utfpr.edu.br/toledo/estrutura-universitaria/assessorias/ascom/noticias/noticias/curso-tecnico-integrado-em-informatica-2
