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11/04/2013

Colégio rondonense é o primeiro da região com leitor biométrico

Reportagem: Carina Ribeiro (Publicada em "O Presente" - 02/03/13

Foto: Carina Ribeiro/OP

Controle de frequência com leitor biométrico é inédito na região e possivelmente no Estado: Colégio Frentino Sackser é pioneiro em aplicar essa tecnologia ao ambiente escolar

O sistema de identificação biométrica, que promete ser uma revolução no âmbito da Justiça Eleitoral ao identificar os eleitores pela digital, já é uma realidade no Colégio Estadual Frentino Sackser, de Marechal Cândido Rondon, no controle da frequência escolar. O projeto inovador na região e possivelmente também no Paraná coloca o estabelecimento de ensino como pioneiro na implantação desse tipo de tecnologia, que foi criado para substituir a carteirinha de papel.

Hoje, os alunos são identificados a partir da digital do indicador, cuja leitura é feita por um leitor biométrico. Dessa forma, o sistema eletrônico registra as datas e horários de chegada e de saída de todos os cerca de 900 estudantes do educandário.

Foto: Carina Ribeiro / OP

Projeto inovador permite oferecer maior segurança aos estudantes, que têm mais controle de entrada e saída, gerando também maior tranquilidade aos pais.

Para o diretor, Leocir Lang, o ponto eletrônico é uma novidade criada para oferecer maior segurança tanto aos estudantes, como aos pais e à escola, que conseguem controlar de forma mais precisa a frequência dos alunos. “Todas as informações serão repassadas para os pais na forma de um relatório mensal constando as datas e horários de presença do aluno na escola. Além disso, as informações serão úteis durante o conselho de classe”, aponta.

Conforme o professor, diariamente é possível identificar os alunos faltantes, assim como emitir relatórios desejados. O programa de computador também acusa quando o estudante falta por três dias seguidos, permitindo à coordenação buscar informações junto aos familiares sobre o motivo das ausências.

De outra parte, também será inibida de forma ainda mais eficaz a entrada de pessoas estranhas à escola. “Quem não tiver a digital cadastrada não poderá entrar na escola”, pontua Lang.

Da ideia à prática
A ideia do projeto, inédito na região, surgiu em outubro do ano passado, quando a direção analisou, em conjunto com a equipe da secretaria, os aspectos negativos do sistema de controle feito pela carteirinha de papel, que atualmente é utilizado pela maioria das escolas estaduais. Nesse modelo de controle a carteirinha é entregue pelo estudante na secretaria quando chega na escola e recebe o documento no final da aula (ou na hora de saída) constando um carimbo com a data em que se fez presente.

Segundo a diretora auxiliar, Neusa Anklam Stiehl, no antigo sistema era muito comum os estudantes esquecerem a carteirinha em casa, querem voltar à residência para buscar, ou mesmo extraviarem a mesma, gerando um novo custo de confecção. “Além disso, as secretárias precisavam carimbar uma por uma, gerando serviço burocrático”, relata.

Foi então que ela teve a ideia de solicitar ao filho, Diego Stiehl, que é analista de sistemas, se existiria a possibilidade de criação de um programa específico para atender a demanda escolar. A resposta foi positiva e o projeto tomou corpo.

Cadastro
Diego é mestrando em Informática da UFPR e desenvolveu os aplicativos necessários para atender a necessidade da escola. Os trabalhos começaram há cerca de seis meses e ocorreram em ambiente domiciliar.

O profissional conta que uma turma do colégio já vinha fazendo alguns registros de entrada e saída da escola no final do ano passado, permitindo aperfeiçoamentos no sistema. Depois foi feito o cadastramento completo dos estudantes, com nome, série, turma, foto e turno, além de informações dos pais ou responsáveis. “Não se trata de um programa de grande complexidade, porém ela vai sendo ampliada conforme vão sendo agregadas novas funções”, comenta Diego.

O trabalho permitiu que o ano letivo de 2013 começasse de forma diferente para os estudantes do Frentino Sackser, que abandonaram definitivamente as carteirinhas de papel. “Neste ano a leitura biométrica foi adotada permanentemente”, afirma o analista, lembrando que vários formatos diferentes de relatórios podem ser impressos conforme o desejo da direção.

Custo-benefício
O custo-benefício dos diferentes sistemas de controle de frequência tornaram o informatizado mais viável para o Colégio Frentino Sackser, principalmente porque o analista de sistemas ofereceu os serviços gratuitamente, a título de poder analisar a demanda e aplicá-la em forma de teste no referido estabelecimento.

As despesas com a confecção de carteirinhas de papel eram estimadas em aproximadamente R$ 1,5 mil a R$ 2 mil por ano, já que a cada início de ano letivo o documento era refeito. O custo era repassado aos estudantes.

Já no caso da leitura biométrica, a escola gastou apenas R$ 600 na aquisição de dois equipamentos de leitura digital, em torno de R$ 40 em uma webcam e usou um notebook.

Foto: Carina Ribeiro / OP

A vice-diretora, Neusa Anklam Stiehl, o analista de sistemas, Diego Stiehl e o diretor do colégio, Leocir Lang: satisfação com os resultados

Resultados
Os resultados quanto à novidade já estão sendo percebidos pelos diretores do colégio, pois muitos alunos se mostram mais preocupados em registrar a presença efetiva, deixam de faltar e buscam cumprir os horários preestabelecidos. “O novo sistema está tendo resultado efetivo quanto à pontualidade e assiduidade”, garante Lang. “O ponto eletrônico também inibe os alunos de saírem antes do horário previsto para o final da aula”, complementa Neusa.

O diretor da escola ressalta que, diferente da carteirinha de papel, que registrava um dia genericamente, deixando de detalhar o tempo de permanência do aluno no estabelecimento, o leitor biométrico oferece a exatidão do registro de horário. “Seguindo as tendências tecnológicas, o sistema permite o controle de frequência em tempo real”, enaltece Lang.

Futuro
A referência do diretor diz respeito, também, à possibilidade que o sistema biométrico oferece de envio de informações instantâneas para endereços eletrônicos previamente cadastrados. Desse modo, os pais dos estudantes poderão, em breve, receber um e-mail constando os horários exatos que o filho entrou e saiu da escola. “Essa é uma opção que o programa oferece e que vamos analisar se existe interesse dos pais em receber essa informação, mas é uma possibilidade totalmente inovadora”, destaca o diretor.

O envio da mensagem ocorrerá automaticamente, assegura Diego. “O software ainda permite enviar mensagens por celular, porém demandaria custos à escola”, acrescenta.

Em breve, a direção do colégio Frentino Sackser pretende registrar também a participação dos estudantes nos projetos de contraturno escolar, tais como nas aulas de espanhol, basquete, futsal, horta orgânica/ambiental, etc. “Para isso ainda teremos que cadastrar os alunos por tipo de aula e horário”, menciona o diretor, lembrando que o processo deve ser simples, pois todos os estudantes já possuem cadastro praticamente completo.

Outra alternativa que pode ser agregada ao sistema é a colocação de uma catraca eletrônica, o que ainda não está nos planos da direção, a qual inicialmente planeja promover obra de modificação da entrada da escola, para acomodar melhor o sistema de leitura biométrica, assim como visando facilitar o acesso dos estudantes ao interior do colégio.


ACEITAÇÃO
Matheus Henrique Wahbrink, 13 anos, diz que gostou da novidade. “Achei bom ter esse controle, pois tinha gente que saía da escola escondido e agora vai ficar mais difícil. Gostei do sistema e é até um orgulho por sermos a primeira escola a ter essa tecnologia. Para nós também ficou ficou bem mais prático registrar a presença com o dedo”. Já Simone de Silva, 13 anos, diz que o sistema é mais prático que o uso de carteirinhas. "Eu sempre esquecia a carteirinha e agora não vou ter como esquecer o dedo em casa (risos)", comenta. Sobre a questão da segurança, o aluno Mateus Felipe Tem Pass, 14 anos, relata que antes alguns alunos burlavam a regra, ocorrendo de mataram aulas enquanto a carteirinha permanecia na secretaria. "Agora os pais também poderão saber quando o filho realmente foi pra aula e não para outro lugar”, completa.


Inovação é enaltecida pelo chefe do Núcleo Regional

A iniciativa da direção do Colégio Frentino Sackser é vista bons olhos pela chefia do Núcleo Regional de Educação de Toledo, já que oferece maior segurança em relação aos estudantes e maior garantia aos pais. A análise é do responsável pelo Núcleo, Léo Inácio Anschau, segundo o qual, trata-se de um avanço tecnológico inexistente nos estabelecimentos de ensino dos demais municípios da região. “É uma inovação que teve o aval da APMF e dos pais, além de uma iniciativa muito positiva por permitir um maior controle da entrada e saída dos estudantes, o que repassa uma responsabilidade maior para os alunos”, enfatiza.


Ele menciona que, pelas informações que recebeu, os alunos expostos a esse tipo de controle ficam mais preocupados em estar na escola nos horários adequados. “É uma garantia a mais que o aluno está na escola. No entanto, não substitui a chamada, que deve ser feita pelo professor em sala de aula”, esclarece Anschau.

Na região, o uso de tecnologias no controle de estudantes é feito, por exemplo, em um colégio no Jardim Europa, em Toledo, que possui um sistema de cartão eletrônico com código de barras. No entanto, ele difere gritantemente do leitor digital do colégio rondonense.

No caso toledano, o cartão permanece no educandário, em local restrito, sendo que o aluno “bate” o cartão diariamente na entrada e na saída, porém não são registrados horários dessas movimentações, apenas a data de presença. “Por isso o modelo do colégio rondonense é considerado mais avançado e oferece ainda mais segurança, já que além de anotar que o aluno foi para a escola ainda identifica de que hora a que hora permaneceu lá”, expõe o chefe regional.

Anschau estima que o sistema do Colégio Frentino Sackser poderá estimular outros da regional a também adotarem a mesma tecnologia. “Esse é mais um mecanismo de segurança que pode ser usado pelas escolas, assim como tem sido com as câmeras de monitoramento, o inspetor escolar, entre outros”, frisa.

A visão dele é que o registro de horários do aluno também pode ser mais uma prova que pode ser requisitada, inclusive, em uma eventual ocorrência fora do espaço escolar.

Fonte: Jornal O Presente, edição impressa, publicada em 02 de março de 2013.
Reportagem produzida por Carina Ribeiro.
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