Núcleos Regionais de Educação

Acesso Rápido

  • Concurso Agrinho 2021
  • Inscrições Formação pela Escola
  • Editais PSS 2021
  • Novas turmas GE Formadores
  • Cadastramento Currículo Seed
  • Chamada ordem de serviço 2020
  • Editais Professor Formador
  • Coronavírus 2020
  • convocações pss
  • CONVOCAÇÕES PARA VERIFICAÇÃO DE PERTENCIMENTO ÉTNICO-RACIAL
  • atribuição de aulas e funções
  • Agendamento PRPrev
  • divulgue sua escola
  • oliimpíada de língua portuguesa
  • OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA DAS ESCOLAS PÚBLICAS

Núcleo Regional de Educação de Toledo

Rua Nossa Senhora do Rocio, 1287 - Centro - CEP.: 85900-180
Toledo - PR | Fone/FAx: (45) 3379-7200  mapa Localização

NRE Toledo

09/10/2012

Alunos do Ensino Médio Criam Esculturas Neoconcretas

Não é de hoje que o Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, em Toledo, se destaca pelo trabalho realizado pelo professor de arte Neimar Proença. As cores e formas da grafitagem, realizada pelos alunos no projeto de contraturno Papel de Bala, revitalizaram não apenas os muros e ginásios do colégio, mas vários espaços urbanos da cidade.

Entretanto, não é só no contraturno que a arte toma conta do colégio. O professor parece desafiar a ideia de que não dá para fazer certas atividades com os alunos. Constantemente é possível ver nos corredores do colégio obras em andamento, secando ao ar livre, sem que haja qualquer intervenção por parte dos que não estão participando, sem sujeira e sem bagunça. Agora, no 4º Bimestre, é possível ver aos poucos nascer um jardim de formas abstratas, isso por que os alunos de quatro turmas do 2º ano estão estudando o neoconcretismo, e produzindo suas próprias esculturas.


As esculturas em processo de criação ficam expostas no saguão.

A proposta de estudar e criar uma escultura abstrata com os alunos partiu de uma parceria com a acadêmica de Artes Visuais da Uniban, Cleusa Ludwig Wagner, que realiza seu estágio no colégio. “Minha proposta de estágio é de fazer uma escultura tridimensional abstrata no movimento neoconcreto, utilizando materiais e elementos diferenciados”, explica. Para trabalhar o neoconcretismo com os alunos foram previstas cinco aulas, iniciando com o referencial teórico sobre a escultura e a arte abstrata, e incluindo a prática, onde os alunos criam suas próprias esculturas. “Para as esculturas nós utilizamos materiais como o ferro doce, a meia de seda, o papel, e a cola caseira”, completa a futura professora.

Segundo Neimar, o objetivo não é ensinar os alunos a fazer uma escultura, mas sim fazer com que através da criação eles entendam o que é a arte abstrata e reconheçam uma obra quando a virem. “A principal característica é que a gente está trabalhando a arte contemporânea, e a arte contemporânea tem várias nuances, e a principal é o neoconcretismo. Só que é muito difícil você trabalhar a construção da obra pela obra e não com o objetivo de mostrar alguma coisa. E quando você consegue, além de explicar e mostrar, que o aluno faça, é qualquer coisa espetacular”, afirma o professor.


Alunos do 2º Ano produzem as esculturas em sala de aula.

Para ele, é preciso acreditar mais na capacidade dos alunos. “Na maioria das vezes os alunos são subestimados, e às vezes o professor não busca alternativas. Trabalhar a escultura com massa corrida, por exemplo, é caro, quebra fácil... Agora, se você tiver um material alternativo se torna viável. Aqui o investimento foi de apenas 2 reais para o ferro, o resto é meia velha, papel velho, e cola caseira, feita de farinha de trigo”. Outro ponto fundamental, segundo o professor, é planejar um cronograma de trabalho e incentivar os alunos a ter disciplina e compromisso para cumpri-lo. “Acredite nos alunos e proponha coisas viáveis que eles vão fazer maravilhas!”, defende Neimar.

Neoconcretismo
O Neoconcretismo surgiu no Brasil no final da década de 50, como reação ao Concretismo, movimento que o antecedeu, e que se caracteriza principalmente pelo abstracionismo. Os neoconcretos defendiam a liberdade de experimentação, o retorno às intenções expressivas e o resgate da subjetividade. A recuperação das possibilidades criadoras do artista – não mais considerado um inventor de protótipos industriais - e a incorporação efetiva do observador, que ao tocar e manipular as obras torna-se parte delas.

Recomendar esta notícia via e-mail:

Campos com (*) são obrigatórios.