O projeto de adaptação curricular de pequeno porte para a estudante Maria Gabriela da Silva Tebaldi, que possui deficiência visual (cegueira), desenvolvido no Colégio Estadual Polivalente, do município de Apucarana, visa auxiliar de forma colaborativa o trabalho do professor Diego Henrique Alexandrino, nas aulas de Ciências.A adaptação das atividades é realizada com o auxílio da professora Solange Cristina Bertasso, bem como com o apoio da equipe diretiva e pedagógica. “A proposta busca tornar o currículo mais acessível com adaptações curriculares de pequeno porte, potencializando o envolvimento de vários segmentos da comunidade escolar, visando enfrentar os desafios da inclusão, a socialização e a efetivação do processo de ensino e aprendizagem”,afirma Bertasso. O material adaptado traz maquetes em alto relevo e materiais táteis com impressão de imagens, destacando suas estruturas com texturas diferenciadas, bem como modelos didáticos bidimensionais e tridimensionais confeccionados em massa de modelar e biscuit, entre outros materiais de fácil acesso e baixo custo (recicláveis), que facilitam o entendimento e aprendizagem da estudante. Os materiais tratam dos principais conceitos da disciplina de Ciências do 7o ano/EF, por meio da reprodução de protótipos das imagens do livro didático adotado pelo professor Diego. De acordo com Bertasso, “as atividades táteis e os modelos que estão sendo produzidos para a aluna com deficiência visual, só serão eficazes no processo de ensino e aprendizagem com o predomínio da contextualização do professor Diego, para que ocorra o entendimento dos conteúdos trabalhados,bem como o manuseio dos mesmos, priorizando a mediação estabelecida no uso de tais recursos, no intuito de que se flexibilize a temporalidade quando necessário”. Neste sentido, diferenciando os meios para igualar os direitos, possibilita-se a interação e a socialização dos alunos no processo de aprendizagem no C.E. Polivalente. Esta prática pedagógica possibilita que todos os estudantes da turma exercitem o enfrentamento aos desafios, bem como se apropriem dos conhecimentos com diferentes habilidades e/ou possibilidades. “A confecção de materiais adaptados como modelos biológicos, estruturas tridimensionais ou semi-planas (alto relevo) e coloridas, tende a favorecer uma visão mais aproximada desse mundo abstrato, tanto para o estudante cego como para os demais alunos da sala. Essas ferramentas são utilizadas na instrumentalização do ensino como facilitadoras do aprendizado, complementando o conteúdo escrito e as figuras planas, algumas com aspectos microscópicos, muitas vezes incompreendidos pelos alunos cegos e com deficiência intelectual”, afirma Bertasso.

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