NRE Maringá

14/07/2017

Trabalho Colaborativo entre o professor da Sala de Recursos Multifuncionais (SRM) e professores do ensino regular

A Sala de Recursos Multifuncionais (SRM) é um programa de natureza pedagógica que complementa a escolarização no ensino comum, na rede pública estadual de ensino, para estudantes com deficiência intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos funcionais específicos da aprendizagem.

Entre as ações pedagógicas que cabem ao professor especializado, está o trabalho colaborativo com os professores da classe comum. “Esse eixo do Atendimento Educacional Especializado (AEE) ainda é um desafio em muitos estabelecimentos de ensino”, afirma a professora Cristina Cerezuela, que prevê em seu planejamento da SRM tanto atender o aluno quanto assessorar os professores do Colégio Estadual Brasílio Itiberê, da cidade de Maringá, NRE de Maringá.

Para a diretora Janaiçara Alves Meireles Lara Tait, “[...] as práticas pedagógicas realizadas em parceria entre as modalidades de ensino buscam garantir, ao aluno com necessidades educacionais, maiores possibilidades de acesso ao currículo com qualidade”.

Uma atividade que gerou um excelente produto final, foi o Livro de Poemas, realizada pela professora de Língua Portuguesa do 7º ano C, Sandra Melo. Para a professora, “essa conciliação entre os docentes visa no processo de ensino e aprendizagem a integração dos conhecimentos produzidos pelo aluno, por meio da sala de recursos, com a finalidade de complementar o trabalho desenvolvido na sala de aula, neste caso, a leitura e escrita do gênero poético”.

O aluno atendido pela SRM precisava concluir seu livro e para seu último poema faltavam-lhe ideias. No atendimento especializado, a professora inicialmente conversou sobre seus interesses e fatos que lhe agradavam, até chegarem ao denominador comum que “PIPAS” seria um tema interessante. Em seguida, utilizaram a técnica de “tempestade de ideias” que é a associação de conceitos e significados com a liberação da imaginação e criatividade. A professora registrava todas as palavras ditas pelo aluno no quadro negro sem nenhum critério estabelecido, pois, o processo criativo era o que importava naquele momento. Após várias expressões orais e a primeira tentativa de escrita, o poema de Lucas dos Santos Machado de Almeida ficou pronto e seu livro foi exposto com a produção dos demais colegas.

“A inclusão é isso, ações simples, mas intencionalmentes planejadas que fazem com que o aluno faça parte do todo, somando a ele sem rótulos e estigmas”, defende a professora Cristina Cerezuela.