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NRE Francisco Beltrão

07/04/2017

NRE promove palestra para profissionais de SRM – Surdez e integrantes da comunidade surda

Os sujeitos surdos, sua escolarização e desenvolvimento da linguagem foram alguns dos temas tratados na reunião pedagógica voltada ao Atendimento Educacional Especializado – AEE em Sala de Recurso Multifuncional – Surdez, que aconteceu ontem, 6 de abril, na Amsop, organizado pela Equipe Pedagógica do Núcleo Regional da Educação de Francisco Beltrão. Para dialogar e orientar sobre o assunto, focando no implante coclear, o NRE convidou a Fonoaudióloga Heloisa Helena Kaminski Sabadin. A palestra contou com a presença de profissionais que atendem SRM – Surdez e também integrantes da comunidade surda e integrantes da família.
Heloisa explicou que a audição é um dos sentidos responsáveis pelo desenvolvimento da linguagem, e consequentemente os aspectos linguísticos segmentares e supra-segmentares se desenvolvem tornando assim a linguagem compreensível. As perdas auditivas são consideradas desde um grau leve até uma perda profunda, cada uma limitando uma parte da compreensão da linguagem oral.
Sobre o implante coclear, a fonoaudióloga destacou que se trata de um dispositivo eletrônico, parcialmente implantado no nervo auditivo, visando proporcionar aos seus usuários sensação auditiva próxima ao fisiológico. Normalmente os candidatos ao implante possuem perdas na audição severas e profundas bilateral e, não se beneficiam com os aparelhos convencionais. “Antes do implante é necessário questionar e explicar inúmeras coisas a respeito do aparelho aos pais, em caso de crianças, ou para os próprios candidatos, em caso de adolescentes e adultos. Não é só a vontade de implantar, é fundamental saberem os pontos negativos e positivos da cirurgia, pois existe uma grande diferença entre o implante coclear e os aparelhos auditivos convencionais”, explica a palestrante.
No Brasil a fila de espera para o implante coclear a quem tem interesse é muito grande, as crianças normalmente são implantadas a partir dos três anos de idade. Diferentemente dos Estados Unidos, que com seis meses de vida a criança surda já recebe o implante. Este atraso resulta em prejuízos ao desenvolvimento e comunicação dessas crianças, pois no período de espera da cirurgia, muitas vezes, não se aproximam nem da LIBRAS e nem da linguagem oral. “A criança surda apresenta o desenvolvimento igual ao ouvinte, difere apenas na época do balbucio que se dá de 7 a 10 meses, pois não há a troca com as vozes das pessoas do convívio”, reforça Heloisa.
Após a cirurgia, é essencial que o implantado tenha acompanhamento profissional regularmente da equipe (médico e fonoaudiólogo) ao menos três vezes por semana e monitoramento anual, além do envolvimento familiar e escolar durante todo o processo de oralização.
No período da tarde a Técnica Pedagógica do NRE, Lucília Gouveia, tratou de assuntos referente a Instrução nº 08 - SEED/SUED de 19/10/ 2016 e sobre a importância do Cronograma do AEE/SRM/Surdez.
Lucília destacou que a Instrução vem para contribuir para a organização do trabalho pedagógico das SRM – Surdez. De acordo com o documento, nas Salas de Recurso Multifuncional – Surdez, serão atendidos estudantes surdos matriculados na instituição onde ela está autorizada e também poderão ser atendidos estudantes surdos de outras instituições públicas da região, desde que haja vaga. Lembrando que em cada SRM – Surdez poderão ser atendidos, no máximo, dez estudantes surdos por período.
Quanto ao Cronograma, o atendimento aos estudantes surdos deverá ocorrer no mínimo duas
e no máximo quatro vezes por semana por no mínimo duas horas diárias.
Durante sua hora-atividade, os professores da SRM – Surdez realizarão o trabalho colaborativo com os professores das disciplinas e Tradutores Intérpretes de LIBRAS (TILS), o trabalho colaborativo desenvolvido em outras instituições de ensino deverá ser realizado durante sua hora-atividade, em cronograma estabelecido com anuência da direção da instituição de ensino de origem.
Na ocasião, também foram expostos alguns jogos e materiais didáticos especializados, dando exemplo do que pode ser trabalhado em sala de aula. Esses materiais didáticos deverão estar disponíveis para promover a comunicação visual, a informação e a educação dos estudantes surdos.

Orientações
É necessário que na escola os alunos com deficiência auditiva sentem próximos ao professor, distantes de portas e janelas, para não ser distraído por ruídos externos à classe. Em casos de aluno do ensino fundamental ou médio é importante requisitar, gratuitamente, o seu Sistema FM pelo SUS, através da Secretaria de Educação da sua cidade. O Sistema FM envia um sinal sem fio diretamente ao aparelho auditivo proporcionando intensidade e qualidade do som mesmo com a distância entre o locutor e o indivíduo com deficiência auditiva, evitando a má compreensão da fala em ambientes com muitos ruídos. Esse é um direito do estudante com deficiência auditiva.
A prática da leitura labial deve ser utilizada sempre que necessário. Em dinâmicas de grupo, sintetize o que foi dito pelos colegas que estiverem sentados longe do aluno com deficiência auditiva. Incentive também a interação do implantado com os seus colegas.
Forneça materiais alternativos ao aluno quando for utilizar recursos sonoros em sala, como áudios e vídeos. Adapte ou substitua atividades que exijam muito do sentido auditivo do estudante, como prova oral ou análise de áudios, por exemplo.
Se a criança freqüentar também um serviço de apoio educacional especializado, mantenha contato com o professor desse serviço para acompanhar o progresso do aluno nas áreas em que ele possua maior dificuldade.


Fonte: Assessoria de Comunicação NRE/FNB

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