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NRE Apucarana

16/12/2016

Aluno com deficiência física neuromotora conclui 3º ano do Ensino Médio

Um estudante de 18 anos, com deficiência física neuromotora, tornou-se um grande exemplo de determinação e superação, em Apucarana. Mesmo com suas limitações, Hugo Alberto Hannebauer concluiu com excelência o 3º ano do Ensino Médio no Colégio Estadual Tadashi Enomoto. Motivo de orgulho para a família e professores, o estudante foi homenageado e teve seus trabalhos expostos na escola na quarta-feira (14).

Hugo passou da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) para o ensino regular em 2010. Deste então, ele foi auxiliado pela professora de apoio à comunicação Regina Pedroso, que está entre os responsáveis pela grande evolução do estudante. Hugo não possui comunicação verbal nem escrita. Para facilitar a aprendizagem, Regina adotou métodos diferenciados para transformar o conteúdo repassado em sala de aula. Ela modificava a adaptava todos os materiais utilizados, desde lápis e até livros e cadernos, conforme a necessidade de Hugo. Ontem, todos os trabalhado que o aluno executou em sala de aula foram expostos na escola, mostrando a capacidade e determinação dele. E ele não pretende parar de estudar. Hugo pretende cursar Artes.

“Além de ser muito inteligente ele é muito dedicado e determinado e foi isso que me ajudou a me empenhar neste trabalho. Ele mais me ensinou do que eu ensinei. Aliás, todos que tiveram contato com ele aprenderam muito. Ele mostrou que tem um potencial grandioso e que só está começando, pois, pretende fazer faculdade de Artes. E eu sei que ele vai conseguir”, enfatiza.

A professora que acompanhou Hugo por tantos anos se orgulha e, ao mesmo tempo, se emociona ao analisar toda a evolução do aluno. Segundo ela, ele sempre se destacou como um dos mais inteligentes da turma.

“Foi um trabalho imenso. Uma outra faculdade que fiz dentro da escola. Hugo me proporcionou um crescimento profissional e pessoal muito grande, porque para ensinar o conteúdo eu precisava estudar ainda mais e encontrar uma maneira diferenciada para que ele pudesse aprender, de maneira que isso o ajudasse a se desenvolver. Hugo chegou na quinta série e era um menino e hoje é um rapaz que evoluiu muito”, comenta a professora Regina.

Ela destaca que trabalha com alunos com outras necessidades, como o autismo, e ressalta que o acompanhamento adequado - com as devidas intervenções pedagógicas - ajuda a atingir ótimos resultados.

Uma história de superação

Hugo ingressou no Tadashi Enonomoto em 2010, com 12 anos. A mãe, Célia da Silva, 45 anos, confessa que na época ficou apreensiva, temendo que o filho sofresse preconceito.

“Teve um momento que pensei em parar, mas o esforço dele e a vontade que ele tinha de ir para a escola estudar eram tão grandes que me fez ter força para continuar. E hoje estou muito emocionada de ver onde ele chegou”, orgulha-se.

Preocupada, ela conta que foi difícil deixar o filho na escola. Mas logo Hugo começou a demonstrar sinais de independência.

“Eu ia todos os dias e ficava lá, até que a professora falou para eu ficar tranquila, porque ele já era ‘mocinho’ e podia ser independente. E quando ele disse para eu parar de ir, que tinha vergonha dos amigos eu comecei a perceber que o meu neném havia crescido e chegou aonde chegou”, conta.

“Agradeço a todos os professores, em especial a Regina que começou o trabalho com ele na escola e sempre se empenhou muito no que faz”, acrescenta Célia.

Trabalho de inclusão

Coordenadora da Educação Especial no Núcleo Regional de Educação (NRE) de Apucarana, Katia Regina Martins Bilotti, destaca o trabalho desenvolvido pela Secretaria Estadual de Educação (Seed), por meio do Departamento de Educação Especial (DEE). O objetivo é promover a qualidade do atendimento educacional especializado ofertado aos estudantes com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades (superdotação).

“Quando se trabalha com educação especial temos a possibilidade de questionar o que é ser normal diante das áreas de deficiência que são inúmeras”, analisa.

A especialista cita que, além de deficiência física, os profissionais têm de lidar com deficiências intelectual, motora, visual, surdez, hiperatividade, transtornos, autismo, dentre outros. Ela explica que os alunos podem estudar nas Apaes ou escolas regulares, dependendo da necessidade de cada um.

“É uma experiência de aprendizagem e humanização. Os alunos mostram o quanto eles sabem. Mas para isso, nós temos que dar condições. E se quem estiver trabalhando não acreditar e fazer sua parte nada acontece”, conclui.

POR: CINDY ANNIELLI
EM APUCARANA


Fonte: http://tnonline.uol.com.br/noticias/apucarana/45,396666,15,12,aluno-com-deficiencia-fisica-neuromotora-conclui-3-ano-do-ensino-medio.shtml

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