NRE Francisco Beltrão

25/11/2016

Estudantes do C.E. do Campo Bom Jesus abordam racismo em apresentações voltadas ao Mês da Consciência Negra

Técnicos Pedagógicos do Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão, que fazem parte da Equipe Multidisciplinar, na manhã do dia 24 de novembro, acompanharam as apresentações dos alunos do 9º ano e do Ensino Médio do Colégio Estadual do Campo Bom Jesus, de Marmeleiro, voltadas a programação do Mês da Consciência Negra, que lembra a data de morte de Zumbi dos Palmares, o último líder do Quilombo dos Palmares, o maior dos Quilombos da época colonial. O mês leva a uma reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.
O diretor Mauro Fischer destaca que “a intenção é desconstruir alguns pensamentos equivocados que ao longo da história foram se construindo, e rever nossos conceitos não somente em relação a cultura afro-brasileira e africana, mas também a respeito da cultura indígena”.
Com essa ideia, alunos, diretor, professores, pedagoga e demais funcionários do colégio organizaram apresentações de poemas, teatro, danças e exposições artísticas, para fortalecer o papel de conscientização e passar uma mensagem de respeito pela diversidade cultural existente em nosso país.
O alunos no terceiro ano iniciaram o evento encenando o poema “Essa Negra Fulô” de Jorge de Lima, que fala das condições de vida dos escravos, tratados como objetos de trabalho. Alunas do 9º ano em apresentação de jogral fizeram lembrar dos povos indígenas remanescentes do estado do Paraná. Em seguida foi narrado o poema “Vozes-Mulheres”, escrito por Conceição Evaristo, poeta brasileira e negra, que relata um pouco da trajetória de mulheres negras preservadas na memória coletiva, revelando a ancestralidade projetada no presente e preparada para o futuro.
Através do Rap Music o inglês Whitney Porter se tornou influência mundial na cultura negra. E, representando esse ritmo musical o aluno Edmilton, do terceiro ano, interpretou o Rap “Apenas Preste Atenção”, de própria autoria, mostrando seu grande talento para música e para a dança. Logo após, alguns alunos do segundo e terceiro ano apresentaram um teatro, dando exemplo do racismo que, infelizmente, ainda se faz presente em nosso país, unindo exemplos do passado e do presente. As apresentações foram encerradas com grupos de danças, representando a diversidade cultural do Brasil.
A pedagoga Neli Burtet concluí que poemas, teatro, danças e todo o trabalho desenvolvido com os alunos foi e é de extrema importância, pois “é somente através dos estudos, das leituras, das reflexões que fazemos que se é possível combater todo e qualquer tipo de preconceito, caso contrário não vamos compreender o outro, que é diferente de nós”.

Fonte: Assessoria de Imprensa NRE Francisco Beltrão