NRE Francisco Beltrão

25/10/2016

Em Assembleia, alunos decidem manter ocupações nas escolas estaduais de Francisco Beltrão

Ontem, 24 de outubro, aconteceu no Tribunal do Júri, Assembleia para pais, alunos e diretores das escolas ocupadas em Francisco Beltrão, promovido pelo Núcleo Regional de Educação, mediado pela Promotora de Justiça da Infância e Juventude do município, dra. Camille Dib Crippa, que abriu diálogos pacíficos entre as partes favoráveis e não favoráveis às ocupações.
Em Francisco Beltrão são 11 escolas ocupadas desde o dia 11 de outubro. Em função disso, alunos contra as ocupações sentem-se prejudicados por estarem privados do direito de frequentarem o espaço escolar, principalmente estudantes do terceiro ano, que estão às vésperas de prestarem provas como as do Enem e de vestibulares. “Não é tirando o direito do aluno de estudar que vai se conseguir alguma coisa, porque a PEC e a MP já estão tirando muito de nós estudantes”, disse Julia Tesser, aluna do segundo ano do Colégio Suplicy.
Alunos favoráveis às ocupações dizem que é hora dos estudantes se fazerem ouvir e que suas principais reivindicações são contra a MP 746 e a PEC 241. Além de acharem inviável a implantação da MP 746 nas escolas devido a falta de estrutura que elas se encontram. Juliano dos Santos Tonelo, aluno do terceiro ano do Colégio Suplicy, destaca que “um dos motivos da inviabilidade é a necessidade de haver uma ampla reestruturação nas escolas, levando a muitos investimentos para isso, e é aí que vem a PEC 241 para contradizer, com corte de gastos que incluem a educação”.
A Promotora de Justiça reforça o direito de todos em se manifestarem e valoriza a conversa, destaca que todo o acordo é melhor que uma decisão judicial, pois segundo ela, sentença judicial não se discute, se cumpre. A proposta foi que a manifestação continuasse, porém em outro local, fora do espaço escolar.
Após se reunirem, representantes dos alunos favoráveis ao movimento decidiram por unanimidade em manter as ocupações. Sem acordo, as escolas somente serão desocupadas após um Mandado Judicial.
A Chefe do NRE, Márcia Becker Bonetti, faz questão de se fazer presente para que mesmo com a decisão em manter o movimento de ocupação, que este seja pacífico, aberto para o diálogo. “Peço o bom senso de todos vocês nesse momento”, finaliza.

Fonte: Assessoria de Imprensa NRE Francisco Beltrão